segunda-feira, 18 de junho de 2012

Imagens sobre o Apartheid

          
 (Para uso exclusivo de pessoas brancas)         (Proibido negros, somente brancos)  Banheiro público         


                                Ficheiro:DurbanSign1989.jpg
A Lei de Reserva dos Benefícios Sociais de 1953 possibilitou a divisão de locais públicos por raça. Esta placa encontrada numa praia de Durban, em 1989, indica – em inglês, africâner e zulu – se tratar de uma "área de banho reservada para uso exclusivo por integrantes do grupo racial branco".

O apartheid foi implementado por lei. As restrições a seguir não eram apenas sociais mas eram obrigatórias pela força da lei. Não-brancos eram excluídos do governo nacional e não podiam votar, exceto em eleições para instituições segregadas que não tinham qualquer poder.Aos negros eram proibidos diversos empregos, sendo-lhes também vetado empregar brancos. Não-brancos não podiam manter negócios ou práticas profissionais em quaisquer áreas designadas somente para brancos. Cada metrópole significante e praticamente todas as regiões comerciais estavam dentro dessas áreas. Os negros, sendo um contingente de 70% da população, foram excluídos de tudo, menos uma pequena proporção do país, a não ser que eles tivessem um passe, o que era impossível, para a maioria, conseguir.

                                                                                                                                                              
 disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/Apartheid acesso: 18/06/2012



Sugestão de Filme: Hotel Ruanda


fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-55666/

Já tive a opotunidade de trabalhar esse filme no 3º ano do EM e também é possível utiliza-lo na 8º série, no segundo bimestre e relaciona-lo com os seguintes assuntos: Direitos Humanos e  sobre o papel da Organização das Nações Unidas em países com conflitos. No 3º ano é possível analisar a origem do conflito entre Tutsis x Hutus, o processo de colonização, ONU, conceito de genocidio e etc.


Trailler: www.youtube.com/watch?v=mYwuXvA589A

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Arte Africana


Arte Africana


Características da arte africana, exemplos, influências, obras de arte, elementos artísticos e culturais, máscaras de madeira, obras em ouro e marfim, as esculturas e pinturas, influências e arte afro-brasileira



Introdução

A arte africana é um conjunto de manifestações artísticas produzidas pelos povos da África subsaariana ao longo da história.

História e características da arte africana

O continente africano acolhe uma grande variedade de culturas, caracterizadas cada uma delas por um idioma próprio, tradições e formas artísticas características. O deserto do Saara atuou e continua atuando como uma barreira natural entre o norte da África e o resto do continente. Os registros históricos e artísticos demonstram indícios que confirmam uma série de influências entre as duas zonas. Estas trocas culturais foram facilitadas pelas rotas de comércio que atravessam a África desde a antiguidade. 
Podemos identificar atualmente, na região sul do Saara, características da arte islâmica, assim como formas arquitetônicas de influência norte-africana. Pesquisas arqueológicas demonstram uma forte influência cultural e artística do Egito Antigo nas civilizações africanas do sul do Saara. 
A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias, mitos, crenças e filosofia dos habitantes deste enorme continente. A riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da abstração e do naturalismo na arte africana. 
A história da arte africana remonta o período pré-histórico. As formas artísticas mais antigas são as pinturas e gravações em pedra de Tassili e Ennedi, na região do Saara (6000 AC ao século I da nossa era).   




Outros exemplos da arte primitiva africana são as esculturas modeladas em argila dos artistas da cultura Nok (norte da Nigéria), feitas entre 500 AC e 200 DC. Destacam-se também os trabalhos decorativos de bronze de Igbo-Ukwu (séculos IX e X) e as magníficas esculturas em bronze e terracota de Ifé (do século XII al XV). Estas últimas mostram a habilidade técnica e estão representadas de forma tão naturalista que, até pouco tempo atrás, acreditava-se ter inspirações na arte da Grécia Antiga.   
Os povos africanos faziam seus objetos de arte utilizando diversos elementos da natureza. Faziam esculturas de marfim, máscaras entalhadas em madeira e ornamentos em ouro e bronze. Os temas retratados nas obras de arte remetem ao cotidiano, a religião e aos aspectos naturais da região. Desta forma, esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta, cenas das tradições, personagens do cotidiano etc. 

Chegada ao Brasil 
A arte africana chegou ao Brasil através dos escravos, que foram trazidos para cá pelos portugueses durante os períodos colonial e imperial. Em muitos casos, os elementos artísticos africanos fundiram-se com os indígenas e portugueses, para gerar novos componentes artísticos de uma magnifíca arte afro-brasileira.


Thiago Alves dos Santos

SADC (bloco econômico)


O que é 
A SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e em inglês Southern Africa Development Community) é um bloco econômico e político composto por 15 países da África Austral (região sul do continente). A sede do bloco fica na cidade de Gaborone (maior cidade de Botswana).
A SADC foi criada em 17 de outubro de1992 e é de grande importância para o desenvolvimento econômico coordenado na região, assim como a estabilização política.

Países membros do bloco: 
- Angola
- África do Sul
- Botswana
- República Democrática do Congo
- Lesoto
- Madagascar (atualmente suspenso)
- Malawi
- Maurícia
- Moçambique
- Namíbia
- Seychelles
- Suazilândia
- Tanzânia
- Zâmbia
- Zimbabwe

Principais objetivos da SADC
- Estimular o comércio de produtos e serviços entre os países membros;
- Diminuir a pobreza da população de todos os países membros e melhorar a qualidade de vida;
- Maximizar o uso dos recursos naturais da região;
- Promover o crescimento sustentável dos países do bloco;
- Promover a paz e bons relacionamentos políticos na região, atuando para evitar conflitos e guerras;
- Cooperação sócioeconômica e política na região;
- Buscar soluções em comum para os principais desafios da região;
- Redução e unificação das tarifas alfandegárias e taxas de importação e exportação nas relações comerciais entre os países membros.



Fonte: http://www.suapesquisa.com/blocoseconomicos/sadc.htm

Thiago Alves

África - Norte, Central e do Sul (PowerPoint)













Thiago Alves dos Santos

domingo, 10 de junho de 2012



Mapa da localização do Sudão do Sul



Bandeira do Sudão do Sul Sudão do Sul

Esse é o mais novo país do continente Africano e do mundo, foi fundado no dia 14/07/2011 a capital é Juba e 75% das reservas de petróleo que pertenciam ao Sudão ficaram neste país, 98% das receitas se originam da exploração do petróleo.

disponivel: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sud%C3%A3o_do_Sul





País mais novo do mundo luta para abrir embaixadas10 de junho de 2012 15h42 atualizado às 16h41

O Sudão do Sul instalou apenas algumas embaixadas no ano desde que a mais nova nação do mundo declarou sua independência, afirmou o ministro das relações exteriores do país, acrescentando que uma paralisação na produção de petróleo está atrasando esforços para ampliar a presença diplomática no exterior.
O Sudão do Sul entrou no cenário global quando se separou do Sudão em julho do ano passado, por meio de um acordo de paz de 2005 que encerrou décadas de guerra civil.
O país quer agora expandir sua presença em países da Ásia, incluindo China, Índia e Malásia - todos potenciais fontes de capital para projetos de infra-estrutura e ajuda ao desenvolvimento, afirmou o ministro das relações exteriores, Nhial Deng, numa entrevista à Reuters.
Até agora, o país conseguiu estabelecer apenas cerca de metade das 22 embaixadas que colocou como objetivo inicial, e a meta pode ficar ainda mais longe desde que encerrou a produção de petróleo em janeiro numa disputa com o governo de Sudão envolvendo taxas de transporte, disse Deng.
"Já temos uma ideia na cabeça de onde queremos ir, uma ideia de quais são os países importantes para instalarmos embaixadas. O único obstáculo são restrições de recursos", afirmou. Algumas embaixadas não estão funcionando totalmente e, na Europa Ocidental, o país tem embaixadas apenas em Londres, Paris e Bruxelas, afirmaram diplomatas.
Ampliar a diplomacia é particularmente importante para a nova nação na sua tentativa de contar o seu lado da história numa longa disputa com o Sudão a respeito de assuntos que permanecem sem solução após a ruptura.
Eles incluem a posição exata da fronteira, a situação de cidadãos em cada lado do território, a divisão da dívida e, uma questão crucial, quanto o Sul deve pagar para exportar petróleo através de dutos que passam pelo Sudão.
O Sudão do Sul ficou com cerca de três quartos da produção do Sudão quando se separou, mas os dois países não conseguiram chegar a um acordo sobre as taxas de trânsito. O governo do Sudão do Sul encerrou a produção em janeiro depois que o Sudão começou a confiscar petróleo alegando que era pelo não pagamento de taxas.
A interrupção na produção rapidamente acabou com 98% das receitas do governo do Sudão do Sul, que quase não tem indústria além do petróleo e que está lutando para construir um Estado.
Tensões aumentaram em abril quando os dois países brigaram numa região de produção de petróleo da fronteira, o que levou a uma situação próxima de uma guerra geral.
O Sudão do Sul tirou o campo de petróleo de Heglig, perto da disputada fronteira, do controle do Sudão, gerando amplas críticas internacionais e pressão para que saísse da área.
"Ficamos surpresos pela ferocidade da reação, mas eu acho que conseguimos reduzir essas críticas e essa atitude ao fazermos uso de fatos a respeito da situação", afirmou Deng.
Ele disse que o Sul conseguiu apresentar "informação histórica factual" mostrando que Heglig não foi sempre parte "do que é agora a república do Sudão". "Pela primeira vez, agora você vê que a comunidade internacional não está 100% certa de que Heglig pertence ao norte", disse.
PRINCIPAIS RELIGIÕES DO CONTINENTE

É possível explorar esse mapa no 3º ano do EM, durante o 2º bimestre, que trata da geografia das religiões. Através desse mapa pode-se solicitar uma pesquisa sobre o islamismo no Norte da África e suas influencias culturais como o deserto do Saara, Mageb, Sahel que são denominações de origem árabe. Também pode-se questionar porque a influencia islâmica predomina no Norte da África, que aspectos geográficos interferiram na profusão do islamismo e também do cristianismo, que não é uma religião nativa do continente.


disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica acesso: 10/06/2012

sábado, 9 de junho de 2012

MONTE KILIMANJARO


Com os seus três montes vulcânicos, Kibo , Mawensi e Shira, o monte Kilimanjaro é um extrato vulcânico inativo, situado no nordeste da Tanzânia, no Parque Nacional omônimo, com os seus 5.895 metros de altura, é a montanha mais alta da África. Sendo que partindo da base possui 4.600 metros é a montanha, independente mais alta do mundo.
Veja sua localização no mapa:




Monte Kilimanjaro pode estar perdendo gelo por causa de ar seco e desmatamento.

O gelo que está no topo do monte Kilimanjaro, na África, diminuiu 15% desde 1912, mas não são somente as mudanças climáticas as responsáveis pelo fenômeno, indica um estudo.

A conclusão é de Nicholas Pepin e colegas da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, que chegaram à conclusão de que o desmatamento local também colaboraria em parte com o problema.

Entre setembro de 2004 e julho de 2008, os pesquisadores coletaram, a cada hora, dados sobre a umidade e a temperatura em dez locais elevados do Kilimanjaro.

Pepin acredita que o desmatamento das últimas década está reduzindo a umidade do ar e estendendo os prejuízos para o topo do monte. O calor durante as horas do dia geraria uma onda de ar quente e úmido que interferiria nas condições do monte.

Além disso, o ar quente provocaria a redução da neve do Kilimanjaro, essencial para reabastecer o gelo e refletir a luz solar.

(Fonte: Folha.com)


CADEIA DO ATLAS

A cordilheira do Atlas é uma cadeia de montanhas no noroeste da África que se estende por 2400 km através de Marrocos, da Argélia e da Tunísia, e ainda inclui Gibraltar. O pico mais alto é o Jbe Toubkal, com 4167 m, localizado no sul de Marrocos. As montanhas do Atlas separam as margens do Mar Mediterrâneo e do oceano Atlântico do deserto do Saara. A população dessas montanhas é constituída principalmente de berberes em Marrocos e de árabes na Argélia.
Como a América do Norte, a Europa e a África formavam um supercontinente há milhões de anos, acredita-se que a cordilheira do Atlas tenham se formado como parte de orogênese Allegheniana. Essas montanhas formaram-se quando a África e a América colidiram, e foram uma cordilheira muito mais alta do que o Himalaia de hoje. Obeserve o Mapa físico abaixo e sua localização:
No extremo sul do continente, há formações do Pré-Cambriano, onde localizam-se os Montes Drakensberg com picos de 3.300 metros de altitudes.

fonte: Wikipédia

RIOS AFRICANOS


Observando o mapa, percebemos como a hidrografia africana é pobre. Mas alguns rios são destaque neste continente. Vamos vê-los:
  • RIO NILO
O Nilo é um grande rio do nordeste do continente africano que nasce a sul da linha do Equador e desagua no Mar Mediterrâneo.
A sua bacia hidrográfica ocupa uma área de 3 349 000 km² abrangendo o Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quénia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Sudão do Sul, Etiópia e Egito. A partir da sua fonte mais remota, no Burundi, o Nilo apresenta um comprimento de 6 852 15 km



  • RIO CONGO


O rio Congo, também conhecido como rio Zaire, é o segundo maior rio da África (após o rio Nilo) e o sétimo do mundo, com uma extensão total de 4.700 km e o primeiro de África e o segundo do mundo em volume de água chegando a debitar um caudal de 67.000 m³/s de água no Oceano Atlântico.


  • RIO ZAMBEZE

Com um total de 2.750 km de comprimento, o Zambeze nasce na Zâmbia, a 30 km da fronteira com Angola.  A sua importância em Angola é devida principalmente à extensa bacia hidrográfica de 150.800 km² apenas em território angolano. Todos os rios no quadrante sudeste de Angola são afluentes do Zambeze. O rio, depois, estabelece a fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe e atravessa Moçambique de oeste para leste, para desaguar no Oceano Índico num enorme delta. A parte mais espectacular do seu curso são as Cataratas Vitória, as maiores do mundo, com 1708 m de extensão e uma queda de 99m. Este monumento natural foi inscrito pela UNESCO em 1989 na lista dos locais que são Património da Humanidade.
  • RIO ORANGE:

O rio Orange (africâner e neerlandês: Oranjerivier), é o maior rio da África do Sul. Foi descoberto por indígenas, mas explorado cientificamente por europeus em 1760, e deve o seu nome ao coronel Robert Gordon, da Casa de Orange. Outra hipótese para a origem do seu nome, será devido à sua cor alaranjada, pouco comum, em oposição à do rio Vaal (em africâner cinzento, opaco, sem brilho). Sua nascente é localizada nas montanhas Drakensberg no Lesoto.
Durante os últimos 800 km recebe muitos riachos intermitentes e vários wadis. O volume de caudal reduz-se consideravelmente devido à evaporação. Na época das chuvas, o rio Orange converte-se numa imparável torrente.

sexta-feira, 8 de junho de 2012




Charge sobre a partilha da África

Através desta charge surgem várias possibilidades de elaborar questões ou atividades que podem ser realizadas em trabalhos ou avaliações. Auxiliando os alunos nas suas reflexões e debates sobre esse importante tema, que pode muito bem ser trabalhado de forma interdisciplinar com a Geografia e a História. Pode-se também analisar o caso de um país que sofreu consequências dessa partilha realizada pela Europa no século XIX, e que repercutiu no século XX, como no caso Ruanda e ampliar ainda mais interesse dos alunos.



Conferência de Berlim
A gravura ilustra a Conferência de Berlim realizada entre 19 de novembro de 1884 e 26 de fevereiro de 1885, teve como objetivo organizar, a ocupação da África pelas potências coloniais e resultou numa divisão que não respeitou, a história, nem as relações étnicas dos povos do continente.
O Congresso de Berlim, em gravura da época

gravura disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/confer%c3%AAncia-de-Berlim. acesso 8/06/2012

A partilha da África (I)

23/6/2007 9:50,  Boaventura de Sousa Santos

Tudo leva a crer que estejamos perante uma nova partilha da África. A do final do século XIX foi protagonizada pelos países europeus em busca de matérias-primas que sustentassem o desenvolvimento capitalista e tomou a forma de dominação colonial. A do início do século XXI tem um conjunto de protagonistas mais amplo e ocorre através de relações bilaterais entre países independentes. Para além dos “velhos” países europeus, a partilha inclui agora os EUA, a China, outros países “emergentes” (Índia, Brasil, Israel, etc.) e mesmo um país africano, a África do Sul. Mas a luta continua a ser por recursos naturais (desta vez, sobretudo petróleo) e continua a ser musculada, com componentes econômicos, diplomáticos e militares. Tragicamente, tal como antes, é bem possível que a grande maioria dos povos africanos pouco beneficie da exploração escandalosamente lucrativa dos seus recursos.

Os EUA importam hoje mais petróleo de África do que da Arábia Saudita e calcula-se que em 2015 25% venha do continente. Angola é já o segundo maior exportador africano para os EUA (depois da Nigéria). Por sua vez, a China faz vastíssimos investimentos em África, os maiores dos quais em Angola que, no ano passado, se tornou o maior fornecedor de petróleo à China. E o comércio bilateral entre os dois países ultrapassou os 5 bilhões de dólares. Entretanto, as empresas multinacionais sul-africanas expandem-se agressivamente no continente nas áreas da energia, telecomunicações, construção, comércio e turismo. Ao contrário do que se poderia esperar de um governo do Congresso Nacional Africano (ANC) de Nelson Mandela, não as move o pan-africanismo. Move-as o capitalismo neoliberal puro e duro, imitando bem as concorrentes do Norte.

A primeira partilha de África conduziu à Primeira Guerra Mundial e submeteu o continente a um colonialismo predador. E a atual? A luta agora se centra no petróleo e na distribuição dos rendimentos do petróleo. Uma visita breve a Luanda é suficiente para avaliar da vertigem da construção civil a cargo de empresas chinesas, portuguesas e brasileiras, da selva urbana do trânsito, dos luxuosos condomínios fechados, alugados às empresas petrolíferas, da lotação dos hotéis esgotada com meses de antecedência, enfim, da palavra “negócio” e “empresa” na boca de toda a gente que tem um veículo de tração às quatro rodas ou aspira tê-lo.

Nada disto chocaria, sobretudo num país só há trinta anos libertado do colonialismo, devastado por uma guerra fratricida fomentada pela África do Sul do apartheid e depois financiada pelos amigos de hoje até estes se convencerem de que a paz poderia ser um bom negócio, um país com carências abissais de infra-estruturas sem as quais não será possível qualquer desenvolvimento. O que choca é que, paredes meias com o mundo da renda petrolífera, viva a grande maioria da população de Luanda na mais abjeta miséria dos musseques em barracas de zinco e cartão, sem luz nem saneamento, pagando caro pela água potável, com lixeiras e esgotos pestilentos servindo de recreio às crianças cuja mortalidade é das mais altas do continente.

Boaventura de Sousa Santos é sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal).

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Imagem de satélite NASA
Vejam que bela imagem de satélite tirada pela NASA, do continente africano. Pode-se trabalhar com os alunos para eles observarem o deserto do Saara, o estreito de Gibraltar, o Canal de Suez, O Mar Mediterrâneo, o Cabo da Boa Esperança, Madascar e compará-los com os mapas do Atlas escolar...as possibilidades são variadas, cabe a criatividade dos professores!


disponível: http://www.africa.turismo.com/mapa/africa-imagem.htm> acessado: 05/06/2012

terça-feira, 5 de junho de 2012

BAOBÁS

Original da África, o Baobá é uma das árvores mais antigas da terra. Conhecido nos meios científicos com o nome de Adansonia Digitata, o baobá, quando adulto, é considerada a árvore que tem o tronco mais grosso do mundo, chegando em alguns casos, a medir 20 metros de diâmetro. São árvores seculares, testemunhas vivas da história, que chegam até aos 6.000 anos de idade.
Esse colosso vegetal pode atingir trinta metros de altura e possui a capacidade de armazenar, em seu caule gigante, até 120.000 litros de água. Por tal razão é denominada "árvore garrafa". No Senegal, o baobá é sagrado, sendo utilizado como fonte de inspiração para lendas, ritos e poesias.  Mas as árvores aparecem em vários outros países do continente, inclusive na Ilha de Madagascar.

 
 


Interpretando CHARGES-

É muito comum indicarmos aos nossos alunos e agora expectadores,  a leitura, análise e por que não, produção de charges. Uma  simples imagem vale mais que mil palavras.
Observem esta charge sobre o COLONIALISMO na África... Você ,expectador deste BLOG,  através desta imagem, pode fazer toda uma análise mental sobre as condições de exploração que vive o continente, desde seu "nascimento" com o neocolonislismo do século XIX, passando pela busca incansável das empresas multinancionais  européias e estadunidenses , gananciosas por minérios do seu subsolo.  Até quando isso vai ocorrer? Até quando esta população será escravizada explorada? PENSE E REFLITA!!

segunda-feira, 4 de junho de 2012




A grande maioria dos conflitos na África é proveniente da descolonização.
Descolonização da África
Assim como a América do Sul e Central e Ásia, a África também foi colonizada pelos europeus, fato comum entre os citados é que todos foram colônias de exploração. A divisão do continente para exploração ocorreu na Conferência de Berlim, na Alemanha em 1885, nessa fizeram parte Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. A partir dessa conferência ficou definida a divisão geográfica dos respectivos territórios a serem explorados. O processo de exploração das colônias africanas durou muito tempo, as consequências atuais são derivadas de vários fatos históricos, sobretudo, da exploração.

No início do século XX, somente a Libéria havia alcançado a independência política em todo continente, isso prova o grau de dependência em relação às metrópoles e também o nível de atraso em desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico em comparação aos outros continentes. O processo de independência das colônias em relação às metrópoles europeias é denominado historicamente como descolonização.

Doravante a esse período, teve início uma modesta iniciativa de instaurar a independência e autonomia política das colônias, os primeiros a contemplar tal feito foi o Egito nos anos 20, além da África do Sul e Etiópia, ambos nos anos 40.

Um dos fatos que mais favoreceu o processo de descolonização da África foi sem dúvida a Segunda Guerra Mundial que ocorreu na Europa entre 1939 e 1945. Como esse conflito armado que aconteceu no continente europeu o mesmo sofreu com a destruição e o declínio econômico.

O enfraquecimento econômico e político de grande parte dos países europeus, especialmente aqueles que detinham colônias na África, foram aos poucos perdendo o controle sobre os territórios de sua administração.

Esse fato deixa explícito que a perda de territórios se desenvolveu somente pelo motivo de reconstrução que muitos países necessitavam executar, assim não podendo designar forças e recursos para o controle das metrópoles.

Aliado à questão da guerra, surgiram grupos e movimentos que lutavam em busca da independência política, essa onde libertaria se dispersou por todo o continente e perdurou por vários anos. Posteriormente, o resultado foi a restituição dos territórios e surgimento de pelo menos 49 novas nações africanas.

Porém, a luta pela independência se intensificou na década de 60, sempre marcada pelo derramamento de sangue, uma vez que nunca havia atos pacíficos.

Mesmo com todas as adversidades, os países foram alcançando sua independência política, no entanto, a divisão dos territórios ficou definida a partir da concepção européia que não levou em consideração as questões de ordem étnicas e culturais, desatenção que desencadeia uma série de conflitos em distintos lugares da África, isso por que antes dos europeus as tribos tinham suas próprias fronteiras e todos se respeitavam. Com a instauração das novas fronteiras algumas tribos foram separadas, grupos rivais agrupados, entre outros fatos que colocaram em risco a estabilidade política na região.

Depois de longas décadas de lutas para alcançar a autonomia política e econômica, hoje a África conta com 53 territórios independentes, salvo o Saara Ocidental, que é um território de domínio do Marrocos.

Disponível -http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/descolonizacao-africa.htm, acesso 04 de junho 2012
Postagem: Selma Marlí Trivellato