sexta-feira, 8 de junho de 2012




Charge sobre a partilha da África

Através desta charge surgem várias possibilidades de elaborar questões ou atividades que podem ser realizadas em trabalhos ou avaliações. Auxiliando os alunos nas suas reflexões e debates sobre esse importante tema, que pode muito bem ser trabalhado de forma interdisciplinar com a Geografia e a História. Pode-se também analisar o caso de um país que sofreu consequências dessa partilha realizada pela Europa no século XIX, e que repercutiu no século XX, como no caso Ruanda e ampliar ainda mais interesse dos alunos.



Conferência de Berlim
A gravura ilustra a Conferência de Berlim realizada entre 19 de novembro de 1884 e 26 de fevereiro de 1885, teve como objetivo organizar, a ocupação da África pelas potências coloniais e resultou numa divisão que não respeitou, a história, nem as relações étnicas dos povos do continente.
O Congresso de Berlim, em gravura da época

gravura disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/confer%c3%AAncia-de-Berlim. acesso 8/06/2012

A partilha da África (I)

23/6/2007 9:50,  Boaventura de Sousa Santos

Tudo leva a crer que estejamos perante uma nova partilha da África. A do final do século XIX foi protagonizada pelos países europeus em busca de matérias-primas que sustentassem o desenvolvimento capitalista e tomou a forma de dominação colonial. A do início do século XXI tem um conjunto de protagonistas mais amplo e ocorre através de relações bilaterais entre países independentes. Para além dos “velhos” países europeus, a partilha inclui agora os EUA, a China, outros países “emergentes” (Índia, Brasil, Israel, etc.) e mesmo um país africano, a África do Sul. Mas a luta continua a ser por recursos naturais (desta vez, sobretudo petróleo) e continua a ser musculada, com componentes econômicos, diplomáticos e militares. Tragicamente, tal como antes, é bem possível que a grande maioria dos povos africanos pouco beneficie da exploração escandalosamente lucrativa dos seus recursos.

Os EUA importam hoje mais petróleo de África do que da Arábia Saudita e calcula-se que em 2015 25% venha do continente. Angola é já o segundo maior exportador africano para os EUA (depois da Nigéria). Por sua vez, a China faz vastíssimos investimentos em África, os maiores dos quais em Angola que, no ano passado, se tornou o maior fornecedor de petróleo à China. E o comércio bilateral entre os dois países ultrapassou os 5 bilhões de dólares. Entretanto, as empresas multinacionais sul-africanas expandem-se agressivamente no continente nas áreas da energia, telecomunicações, construção, comércio e turismo. Ao contrário do que se poderia esperar de um governo do Congresso Nacional Africano (ANC) de Nelson Mandela, não as move o pan-africanismo. Move-as o capitalismo neoliberal puro e duro, imitando bem as concorrentes do Norte.

A primeira partilha de África conduziu à Primeira Guerra Mundial e submeteu o continente a um colonialismo predador. E a atual? A luta agora se centra no petróleo e na distribuição dos rendimentos do petróleo. Uma visita breve a Luanda é suficiente para avaliar da vertigem da construção civil a cargo de empresas chinesas, portuguesas e brasileiras, da selva urbana do trânsito, dos luxuosos condomínios fechados, alugados às empresas petrolíferas, da lotação dos hotéis esgotada com meses de antecedência, enfim, da palavra “negócio” e “empresa” na boca de toda a gente que tem um veículo de tração às quatro rodas ou aspira tê-lo.

Nada disto chocaria, sobretudo num país só há trinta anos libertado do colonialismo, devastado por uma guerra fratricida fomentada pela África do Sul do apartheid e depois financiada pelos amigos de hoje até estes se convencerem de que a paz poderia ser um bom negócio, um país com carências abissais de infra-estruturas sem as quais não será possível qualquer desenvolvimento. O que choca é que, paredes meias com o mundo da renda petrolífera, viva a grande maioria da população de Luanda na mais abjeta miséria dos musseques em barracas de zinco e cartão, sem luz nem saneamento, pagando caro pela água potável, com lixeiras e esgotos pestilentos servindo de recreio às crianças cuja mortalidade é das mais altas do continente.

Boaventura de Sousa Santos é sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal).

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Imagem de satélite NASA
Vejam que bela imagem de satélite tirada pela NASA, do continente africano. Pode-se trabalhar com os alunos para eles observarem o deserto do Saara, o estreito de Gibraltar, o Canal de Suez, O Mar Mediterrâneo, o Cabo da Boa Esperança, Madascar e compará-los com os mapas do Atlas escolar...as possibilidades são variadas, cabe a criatividade dos professores!


disponível: http://www.africa.turismo.com/mapa/africa-imagem.htm> acessado: 05/06/2012

terça-feira, 5 de junho de 2012

BAOBÁS

Original da África, o Baobá é uma das árvores mais antigas da terra. Conhecido nos meios científicos com o nome de Adansonia Digitata, o baobá, quando adulto, é considerada a árvore que tem o tronco mais grosso do mundo, chegando em alguns casos, a medir 20 metros de diâmetro. São árvores seculares, testemunhas vivas da história, que chegam até aos 6.000 anos de idade.
Esse colosso vegetal pode atingir trinta metros de altura e possui a capacidade de armazenar, em seu caule gigante, até 120.000 litros de água. Por tal razão é denominada "árvore garrafa". No Senegal, o baobá é sagrado, sendo utilizado como fonte de inspiração para lendas, ritos e poesias.  Mas as árvores aparecem em vários outros países do continente, inclusive na Ilha de Madagascar.

 
 


Interpretando CHARGES-

É muito comum indicarmos aos nossos alunos e agora expectadores,  a leitura, análise e por que não, produção de charges. Uma  simples imagem vale mais que mil palavras.
Observem esta charge sobre o COLONIALISMO na África... Você ,expectador deste BLOG,  através desta imagem, pode fazer toda uma análise mental sobre as condições de exploração que vive o continente, desde seu "nascimento" com o neocolonislismo do século XIX, passando pela busca incansável das empresas multinancionais  européias e estadunidenses , gananciosas por minérios do seu subsolo.  Até quando isso vai ocorrer? Até quando esta população será escravizada explorada? PENSE E REFLITA!!