segunda-feira, 4 de junho de 2012




A grande maioria dos conflitos na África é proveniente da descolonização.
Descolonização da África
Assim como a América do Sul e Central e Ásia, a África também foi colonizada pelos europeus, fato comum entre os citados é que todos foram colônias de exploração. A divisão do continente para exploração ocorreu na Conferência de Berlim, na Alemanha em 1885, nessa fizeram parte Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. A partir dessa conferência ficou definida a divisão geográfica dos respectivos territórios a serem explorados. O processo de exploração das colônias africanas durou muito tempo, as consequências atuais são derivadas de vários fatos históricos, sobretudo, da exploração.

No início do século XX, somente a Libéria havia alcançado a independência política em todo continente, isso prova o grau de dependência em relação às metrópoles e também o nível de atraso em desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico em comparação aos outros continentes. O processo de independência das colônias em relação às metrópoles europeias é denominado historicamente como descolonização.

Doravante a esse período, teve início uma modesta iniciativa de instaurar a independência e autonomia política das colônias, os primeiros a contemplar tal feito foi o Egito nos anos 20, além da África do Sul e Etiópia, ambos nos anos 40.

Um dos fatos que mais favoreceu o processo de descolonização da África foi sem dúvida a Segunda Guerra Mundial que ocorreu na Europa entre 1939 e 1945. Como esse conflito armado que aconteceu no continente europeu o mesmo sofreu com a destruição e o declínio econômico.

O enfraquecimento econômico e político de grande parte dos países europeus, especialmente aqueles que detinham colônias na África, foram aos poucos perdendo o controle sobre os territórios de sua administração.

Esse fato deixa explícito que a perda de territórios se desenvolveu somente pelo motivo de reconstrução que muitos países necessitavam executar, assim não podendo designar forças e recursos para o controle das metrópoles.

Aliado à questão da guerra, surgiram grupos e movimentos que lutavam em busca da independência política, essa onde libertaria se dispersou por todo o continente e perdurou por vários anos. Posteriormente, o resultado foi a restituição dos territórios e surgimento de pelo menos 49 novas nações africanas.

Porém, a luta pela independência se intensificou na década de 60, sempre marcada pelo derramamento de sangue, uma vez que nunca havia atos pacíficos.

Mesmo com todas as adversidades, os países foram alcançando sua independência política, no entanto, a divisão dos territórios ficou definida a partir da concepção européia que não levou em consideração as questões de ordem étnicas e culturais, desatenção que desencadeia uma série de conflitos em distintos lugares da África, isso por que antes dos europeus as tribos tinham suas próprias fronteiras e todos se respeitavam. Com a instauração das novas fronteiras algumas tribos foram separadas, grupos rivais agrupados, entre outros fatos que colocaram em risco a estabilidade política na região.

Depois de longas décadas de lutas para alcançar a autonomia política e econômica, hoje a África conta com 53 territórios independentes, salvo o Saara Ocidental, que é um território de domínio do Marrocos.

Disponível -http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/descolonizacao-africa.htm, acesso 04 de junho 2012
Postagem: Selma Marlí Trivellato

África quer sanções a subsídios agrícolas de EUA e Europa

Inspirados no Brasil, países como Mali, Benin, Burkina Faso e Chade e entidades preparam ações contra o desembolso de subvenções para a produção do algodão. De acordo com estudo lançado no Fórum Social Mundial, protecionismo em torno do produto afeta 10 milhões de agricultores do Oeste africano.

Dacar, Senegal – Países do Oeste da África – como Mali, Benin, Burkina Faso e Chade – e organizações sociais da região preparam uma série de ações contra os subsídios agrícolas desembolsados pelos governos dos Estados Unidos e da União Europeia. O principal alvo devem ser os subsídios do algodão, estimados em US$ 31,45 bilhões, dos quais US$ 24,45 bilhões apenas nos EUA.

De acordo com Ed Burcher, membro da organização Fair Trade África (http://www.fairtradeafrica.net/), o Ministério de Investimentos e Comércio do Mali estuda apresentação de denúncia na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os EUA, por conta dos subsídios nesse cultivo.

O estudo "Algodão – o drama do ouro branco", lançado pela Fair Trade Africa no Fórum Social Mundial de Dacar, estima que 10 milhões de cotonicultores do Oeste africano sejam prejudicados pela política agrícola dos países ricos, sendo alijados do mercado e condenados a uma situação de pobreza.

Um estímulo para o Mali seguir em frente em sua contenda vem do Brasil. O país obteve em 2009 a condenação dos norte-americanos na OMC pelos subsídios no algodão, assim como o direito de retaliá-los comercialmente. Todavia, um acordo assinado em junho de 2010 selou uma paz provisória. Em vez da retaliação, o governo brasileiro negociou limites para os subsídios e a criação de um fundo no valor de US$ 147,3 milhões por ano, financiado pelos EUA, para prover assistência técnica aos produtores agrícolas brasileiros.

Europa e África

Outra iniciativa em gestação é conduzida pela União Econômica e Monetária do Oeste Africano. O grupo tem pressionado a União Europeia a reavaliar os subsídios pagos aos agricultores europeus. Em setembro, o Parlamento Europeu irá reavaliar a política agrícola comum do bloco, que movimenta 55 bilhões de euros junto aos produtores locais.

Para o pequeno cotonicultor Moussa Doubia, do Mali, a subvenção dos países ricos reduz o preço pago aos agricultores pelo produto, gerando um drama para as famílias. "Com o que ganhamos não conseguimos pagar gastos básicos, como os com saúde e educação", diz ele.

*Colaborou Bia Barbosa


Sugestão de aula
África: um olhar contemporâneo
Objetivos
Analisar indicadores sociais e econômicos de países da África e avaliar perspectivas de combate à fome, pobreza e epidemias no continente
Conteúdos
África - saúde/HIV - política, economia e sociedade
Tempo estimado
Duas aulas

Introdução
Em depoimento recente, o romancista angolano José Eduardo Agualusa declarou que "a dissimulação do passado obscurece o futuro". A mensagem do escritor sugere um modo de abordar seu continente de origem, a África, sobre o qual nenhuma palavra parece ser definitiva. É o que mostra reportagem desta semana de VEJA, que destaca a atuação da entidade Médicos Sem Fronteiras (MSF) em países como Moçambique - com a importante participação de profissionais de saúde brasileiros.

O texto mostra o quadro dramático da Aids na África, com alto número de infectados - crianças, mulheres grávidas e adultos em plena fase produtiva - e as carências múltiplas do sistema de saúde de muitos países do continente. Ao mesmo tempo, percebe-se um sinal de avanço desses países, quando eles reconhecem os efeitos devastadores da doença e aceitam a ajuda internacional para controle, prevenção e diagnóstico.

A reportagem permite um olhar contemporâneo sobre o berço da civilização, onde hoje também prosperam iniciativas e investimentos em meio a um quadro de agudos dramas sociais. E permite a você dar duas aulas que convidam os alunos à reflexão sobre o tema, ao mesmo tempo em que faz aprofundar conhecimentos geográficos sobre o continente africano.

Atividades
1ª aula

Peça que os alunos leiam a reportagem Eles fazem diferença, publicada em VEJA. Em seguida, proponha que identifiquem no mapa apresentado na revista os países africanos com presença dos Médicos Sem Fronteiras (MSF). Diga para observarem, também, o gráfico com as motivações para intervenções da entidade: os conflitos, as guerras civis e as epidemias e endemias - estas duas últimas de modo evidente em países da África subsaariana.

Lance algumas questões para debate: quais causas históricas, geográficas e políticas ajudam a explicar esse dramático quadro social? Por que muitos países do continente não contam com estruturas adequadas para combater os problemas? Que perspectivas de futuro se apresentam para o continente, mergulhado em contradições mas, ao mesmo tempo, tão rico e diverso?

Informe aos alunos que, ao longo do tempo, a África foi pilhada, dividida e ocupada pelas potências europeias. Nos séculos 15 a 19, o continente foi marcado pelo comércio de escravos e a exploração das riquezas naturais; a partir do final do século 19, sofreu as consequências da fase neocolonialista, com a partilha do território. Explique que, nesta divisão, estão as raízes de muitos conflitos étnicos e guerras civis atuais, pois diferentes povos e culturas foram separados ou agregados arbitrariamente. Ressalte que as lutas anticolonialistas ao longo da segunda metade do século 20 resultaram na emancipação política da grande maioria dos países, mas arrasaram territórios, populações e instituições. Restou, também, a herança das fortes rivalidades étnicas cristalizada nas disputas pelo poder. Termine a aula dizendo que o esforço atual é o de superar déficits sociais e econômicos crônicos, de democracia e respeito aos direitos humanos.

2ª aula
Solicite que os estudantes examinem os mapas abaixo:
Mapa 1 - África: hostilidades à vida humana
 
Ilustração do mapa "África: hostilidades à vida humana", publicado em 2008 pela Ed. Ática. Ilustração Beto Uechi/Pingado.

 Mapa 2 - África: riquezas naturais - distribuição e apropriação

Ilustração do mapa "África: riquezas naturais - distribuição e apropriação", publicado em 2008 pela Ed. Ática. Ilustração Beto Uechi/Pingado.

Eles vão comprovar que a África é um continente com importantes riquezas minerais, em especial petróleo, gás natural e urânio, e grande desigualdade social. Os problemas mais graves estão na chamada África subsaariana, que concentra a maioria dos países e da população do continente. Chame a atenção para o chamado "Arco da fome", que envolve o Sahel - faixa semi-árida ao sul do Saara, onde estão doze países, entre eles Mauritânia, Níger, Nigéria, Chade, Sudão e Somália. Explique que muitas dessas nações não dispõem de estruturas estatais e políticas públicas consolidadas. Faltam, também, pessoas com formação necessária para enfrentar desafios sociais, econômicos e políticos - é o caso de Moçambique, mostrado na reportagem de VEJA.

Destaque que a situação é bastante diferente nos países do Magreb, no Egito, na Líbia e em Djibouti. Localizados na faixa setentrional, ao norte do Saara, essas nações islâmicas apresentam indicadores sociais e econômicos mais positivos.

Em seguida, peça que a turma leia e comente os trechos de reportagens abaixo:

Texto 1
A África ocupou a agenda do Conselho de Segurança da ONU em 2008: impasses políticos no Zimbábue, na República Democrática do Congo e no Quênia; e conflitos armados na Somália e no Sudão. Isso trouxe de volta a imagem de continente inviável, com estados falidos, guerras civis, genocídios tribais e baixo desempenho econômico. Mas a África não é tão simples nem homogênea.

Depois de 2001, sua economia ressurgiu. O crescimento médio, que era de 2,4% em 1990, chegou a 5,5% em 2008. Em países produtores de petróleo e minérios estratégicos, como Angola, Sudão e Mauritânia, as cifras foram ainda maiores. Hoje, a África é fronteira de expansão econômica e política da China e da Índia. EUA e União Européia - em especial, a Grã-Bretanha - não abandonaram suas posições estratégicas na região. Houve, em 2001, uma guinada na política africana dos EUA, agora voltada aos interesses energéticos no Chifre da África e Golfo da Guiné, e à criação de comando estratégico militar no nordeste africano. A Rússia assinou acordo econômico e militar com a Líbia e com a Nigéria sobre venda de armas e suprimento de gás para Europa, via o Saara e a Itália.
Fonte: FIORI, José Luís. Provavelmente, Deus não é africano. Le Monde Diplomatique Brasil, 24/04/2008. Disponível em: http://diplo.uol.com.br/2008-04,a2365 (com adaptações)
Texto 2
Graças a enormes reservas de petróleo, Angola vem sofrendo uma transformação radical. Isso sem falar em algumas jazidas de diamantes na fronteira com o Congo. Apenas seis anos depois de uma guerra civil de três décadas, a economia angolana é uma das que se expandem em ritmo mais acelerado, a taxas de 15% ao ano, as maiores do continente.

Fonte: Capitalismo angolano. Revista National Geographic Brasil, n. 108, março de 2009, p. 31 (com adaptações).
Ajude a turma a perceber os avanços econômicos da África e o ganho de importância do continente no cenário internacional. Ao lado de países ainda semi-destruídos, como a Somália, há outros que apresentam vigoroso crescimento econômico, como África do Sul, Angola e Sudão - apesar da crise de Darfur, em curso neste último. Isso vem despertando interesses de países emergentes e reforçando a posição geopolítica e estratégica das tradicionais potências mundiais no continente. Comente que o Brasil não está fora disso, haja vista os investimentos e aproximação com diversos países africanos, especialmente os lusófonos.

Para finalizar, retome a questão da Aids, apresentada em VEJA, e comente os graves índices do continente, bem como os avanços alcançados no combate à doença. Diga à turma que, segundo dados da ONU, quase 70% do total de infectados do planeta estão na África, algo em torno de 23 milhões de pessoas. No país mais modernizado e com o PIB mais elevado do continente, a África do Sul, a epidemia atinge pouco menos de 20% da população adulta. Durante muito tempo, neste país, foi negada a existência da epidemia, o que dificulta a aplicação de testes e diagnósticos.

Essa realidade está mudando. Relatório da Unaids, a agência da ONU para o combate à Aids, publicado no final de 2009, mostra que houve aumento nos testes de detecção em países como Botsuana, Lesoto e São Tomé e Príncipe. Hoje, Cabo Verde, Senegal e Níger apresentam taxa de incidência inferior a 1% entre adultos. Os esforços de prevenção e controle em Uganda resultaram em declínio da parcela de infectados, incluindo mulheres grávidas. Portanto, ainda há muito por fazer, mas podemos encontrar sinais positivos.

Com base nos dados e discussões, proponha aos estudantes uma dissertação sobre rumos e perspectivas para a África contemporânea. Nela, deverão considerar a parcela de responsabilidade dos governos e populações locais e também das nações mais ricas e desenvolvidas e das entidades de ajuda internacional.
Avaliação
Leve em conta a participação de cada estudante nas tarefas individuais e coletivas. Na dissertação, considere o domínio das noções, conceitos e processos em jogo e a construção de ideias e argumentos na discussão do tema. Reserve um tempo para que a turma avalie a experiência
Postado por Selma Marlí Trivellato


Esse mapa representa os principais paises que colonizaram e partilharam o continente africano durante os séculos XIX e XX. Nota-se também o desrespeito ao traçado original das civilizações africanas, gerando posteriormente uma série de conflitos que perduram até o presente.
O mapa abaixo representa o continente africano antes do processo de colonização realizado pelos principais países europeus. É possível termos uma noção da geografia africana, suas fronteiras originais, antes da artificialização europeia.

Cultura nacional  - Cultura afro-brasileira

O Brasil tem a maior população de origem africana fora da África e, por isso, a cultura desse continente exerce grande influência, principalmente na região nordeste do Brasil. Hoje, a cultura afro-brasileira é resultado também das influências dos portugueses e indígenas, que se manifestam na música, religião e culinária.
Devido à quantidade de escravos recebidos e também pela migração interna destes, os estados de Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados.
No início do século XIX, as manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos, pois não faziam parte do universo cultural europeu e não representavam sua prosperidade. Eram vistas como retrato de uma cultura atrasada. Mas, a partir do século XX, começaram a ser aceitos e celebrados como expressões artísticas genuinamente nacionais e hoje fazem parte do calendário nacional com muitas influências no dia a dia de todos os brasileiros.
Em 2003, a lei nº 10.639 passou a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira. Para ajudar na criação das aulas e na abordagem pelos professores, o Sinpro-SP preparou um site com várias dicas e material para estudo.
Música
A principal influência da música africana no Brasil é, sem dúvidas, o samba. O estilo hoje é o cartão-postal musical do país e está envolvido na maioria das ações culturais da atualidade. Gerou também diversos sub-gêneros e dita o ritmo da maior festa popular brasileira, o Carnaval.
Mas os tambores de África trouxeram também outros cantos e danças. Além do samba, a influência negra na cultura musical brasileira vai do Maracatu à Congada, Cavalhada e Moçambique. Sons e ritmos que percorrem e conquistam o Brasil de ponta a ponta.
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
  • O samba é a principal influência da cultura africana e cartão-postal musical do Brasil
Capoeira
Inicialmente desenvolvida para ser uma defesa, a capoeira era ensinada aos negros cativos por escravos que eram capturados e voltavam aos engenhos. Os movimentos de luta foram adaptados às cantorias africanas e ficaram mais parecidos com uma dança, permitindo assim que treinassem nos engenhos sem levantar suspeitas dos capatazes.
Durante décadas, a capoeira foi proibida no Brasil. A liberação da prática aconteceu apenas na década de 1930, quando uma variação (mais para o esporte do que manifestação cultural) foi apresentada ao então presidente Getúlio Vargas, em 1953, pelo Mestre Bimba. O presidente adorou e a chamou de “único esporte verdadeiramente nacional”.
Religião
A África é o continente com mais religiões diferentes de todo o mundo. Ainda hoje são descobertos novos cultos e rituais sendo praticados pelas tribos mais afastadas. Na época da escravidão, os negros trazidos da África eram batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. Porém, a conversão não tinha efeito prático e as religiões de origem africana continuaram a ser praticadas secretamente em espaços afastados nas florestas e quilombos.
Na África, o culto tinha um caráter familiar e era exclusivo de uma linhagem, clã ou grupo de sacerdotes. Com a vinda ao Brasil e a separação das famílias, nações e etnias, essa estrutura se fragmentou. Mas os negros criaram uma unidade e partilharam cultos e conhecimentos diferentes em relação aos segredos rituais de sua religião e cultura.
As religiões afro-brasileiras constituem um fenômeno relativamente recente na história religiosa do Brasil. O Candomblé, a mais tradicional e africana dessas religiões, se originou no Nordeste. Nasceu na Bahia e tem sido sinônimo de tradições religiosas afro-brasileiras em geral. Com raízes africanas, a Umbanda também se popularizou entre os brasileiros. Agrupando práticas de vários credos, entre eles o catolicismo, a Umbanda originou-se no Rio de Janeiro, no início do século 20.
Culinária
Outra grande contribuição da cultura africana se mostra à mesa. Pratos como o vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, sarapatel, baba de moça, cocada, bala de coco e muitos outros exemplos são iguarias da cozinha brasileira e admirados em todo o mundo.
Mas nenhuma receita se iguala em popularidade à feijoada. Originada das senzalas, era feita das sobras de carnes que os senhores de engenhos não comiam. Enquanto as partes mais nobres iam para a mesa dos seus donos, aos escravos restavam as orelhas, pés e outras partes dos porcos, que misturadas com feijão preto e cozidas em um grande caldeirão, deram origem a um dos pratos mais saborosos e degustados da culinária nacional. 
Postado por Selma Marlí Trivellato

domingo, 3 de junho de 2012

Fome na África

O continente africano é um grande produtor e exportador de produtos oriundos da produção agrícola, no entanto não consegue alimentar sua população. A África apresenta um elevadíssimo número de subnutridos, isso lhe dá a condição de pior do mundo nesse aspecto.

O continente se caracteriza pela presença da fome, realidade que aumenta a cada dia. Os países que mais sofrem com a fome são: Etiópia, Somália, Sudão, Moçambique, Malavi, Libéria e Angola.

Segundo estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 150 milhões de pessoas africanas não tem acesso à quantidade mínima de calorias diárias. E o pior, outros 23 milhões podem literalmente morrer de fome ou por causas provenientes da mesma, como insuficiência de determinados nutrientes no organismo: falta de potássio, proteína, cálcio, entre outros.

São muitos os motivos que proporcionam esta situação deplorável. Dentre os fatores que favorecem a proliferação da fome no continente estão:

• Ocupação de grande parte das terras para o plantio de culturas monocultoras destinadas à exportação.

• Diminuição da oferta de alimentos no continente.

• Grande ocorrência de desertificação, em razão da ocupação de áreas impróprias para agricultura.

• Diminuição das pastagens e terras férteis no continente.

• Os conflitos étnicos que resultam em guerras civis.